terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Resenha 2010: Uma Visão Otimista da cultura rock’n’roll de Patos de Minas



Por: Romulo Carlos (Arrepio Produções e CCRB)

O ano começou com um evento de metal na Fucap (por incrível que pareça, muita gente me perguntava qual era o significado de tal sigla, pomposa por sinal, uma tremenda falta de memória das pessoas, afinal a Fucap (Fundação Cultural do Alto Paranaíba), tem prestado um grande serviço á comunidade carente com o cinema aos domingos (grátis), e isso há muitos anos,vários artistas e peças de teatro passaram por lá,mas quando dizem que o brasileiro tem memória curta acham ruin,né?). O Toxic Zone, foi um evento típico de metal e com um excelente público, diga-se de passagem; e o ano só estava começando.
Em fevereiro foi a vez do Grito Rock, um evento articulado do Coletivo Peleja e Circuito Fora do Eixo. Várias bandas se apresentaram e uma banda de Patos se destacou: Hammerthrash. Apesar do sol escaldante, a banda deu seu recado.
Março foi a vez do Mosh Fest, organizado pela Nova Aliança HC Crew e Fora do Eixo ao Extremo trouxe bandas de Uberlãndia/Brasília e contou com a banda patense: Foleg. O destaque do evento foi o hardcore em todas as apresentações, também contou com um bom público pagante.
O mês de Abril foi a vez do Kamikaze que trouxe a banda de death de belo horizonte: Avoid The Pain,e o punk rock dos Uberabenses Seu Juvenal, além dos artistas locais 3 Amperes(já conhecidos pelo excelente punk rock/crossover), e da banda Mensageiro dos Ventos.
Ainda em Abril tivemos a Noite Fora do Eixo, realizada pelo Coletivo Peleja e que contou com 4 bandas, sendo Viagem a Falo de Patos de Minas e outras 3 de fora: Burro Morto(PB),Macaco Bong(Cuiabá),Caldo de Piaba(ACRE) (todas 3 de música instrumental).
Maio é mês da Fenamilho mas a rapaziada queria era rock,então tome mais rock. O Rock com Baião, contou com a irreverência da banda Blake, o rock do 3 Amperes, Mensageiros dos Ventos e Zharpa.
Em Junho tivemos a noite fora do eixo com apresentação das bandas: os Rélpis(Araraquara/SP),e Vandaluz (Patos de Minas). Este evento foi realizaçao do Coletivo PELEJA e demais parceiros.
O mês de Julho, que geralmente é um mês mais tranquilo também não passou batido,tivemos muita música na segunda edição da Chama Cultural, evento realizado pelo Centro Cultural Ruy Barbosa. Foram 4 dias de palestras,exposições e música ( rap,rock,instrumental). Neste ano o rap teve seu dia e o rock também, mas tudo feito com esmero pela equipe de organizadores: Renata Estevam, Cléucio Hamilton e Clovinho.
Agosto é mês de cachorro doido e também de Manifesto Do Rock, evento  muito bem organizado pelo pessoal da banda 3 Amperes de Presidente Olegário e que teve gente de todo lugar (Patos, P.O, Vazante e até de Portugal, isso mesmo!). Além de várias bandas tocando, som de primeira e cerveja gelada, além de mulher bonita. Ouvi falar que em 2011 a banda Uganga poderá vir tocar no evento, isso seria ótimo.
O mês de Setembro teve apresentação do Erbert Richard no lançamento do seu cd de estréia "Lucid Amp". O local escolhido pelo coletivo peleja foi o restaurante Alecrim,e estava lotado.Um detalhe que me chamou a atenção é de que o local é muito confortável,porém; pequeno demais para apresentação de bandas ao vivo.

O mês de Outubro reservava boas notícias, além do Intervenção Hardcore(09/10), promovido pelo pessoal da banda Folego e que tem como propósito focar no som pesado(basicamente o hardcore americano), além das bandas de hc, se apresentaram Pato Junkie e Blake (PATOS).
Na seletiva do Festival Marreco (24/10), que selecionou as bandas que iriam tocar no festival; Zharpa foi a campeã. Tocaram ainda 3 Amperes,HardDay, Hammerthrash e Descendência Ativa.
Na semana seguinte foi a vez da sexta edição do Rock de Garagem, promovida pela Arrepio Produções e sem contar com nenhum patrocinador, as apresentações ficaram com as bandas patenses: Zharpa,Erbert Richard,e fechando com os paulistas da SLOT. Foi uma experiência caótica (no bom sentido, se é que me entendem!), pois no final tudo deu certo e todo mundo saiu satisfeito. Apesar dos riscos financeiros, o balanço final do evento foi positivo; o que demonstra que não é preciso de muita verba pra se fazer um evento de pequeno porte.
Novembro foi a vez da festa de lançamento do Festival Marreco,o local da festa foi a Decorfest.
Pra fechar o ano, tivemos a terceira edição do Festival Marreco de Cultura Independente (03 E 04/12). Durante a semana rolou diversas oficinas e na sexta e sábado os shows. Apesar de ter uma programação extensa, as apresentações tiveram que sofrer alterações na sexta e também no sábado. A grande quantidade de bandas, forçou os organizadores a modificar a grade do festival. O Festival Marreco deste ano sofreu uma transubstanciação enorme. O Público compareceu em escala menor (muito inferior ao de 2009). Talvez pela variedade de atrações, o que levou muita gente a não comparecer. Pelo meu raciocínio, deveria ser o contrário, afinal este ano tivemos estilos variados, o que deveria levar maior público; mas isso não aconteceu, fazer o que? Vivendo e aprendendo.
Uma coisa que me chamou muito a atenção, foi várias reclamações sobre o fato de que “faltou mais rock?”. Ora, tivemos rock o ano inteiro com eventos quinzenalmente e a quantidade de gente nem sempre foi tão grande, então; essas reclamações não se justificam. Vai entender o público.
Destaques do ano: Zharpa, Hammerthrash, Pato junkie (vamo que vamo).

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